Estive a pensar em escrever esta carta para a minha professora Andreia mas depois achei melhor pedir-lhe que todos a lessem.
Estava triste porque o ano lectivo estava quase a terminar e apercebi-me que os nossos colegas do 4º ano tinham de ir embora. Isso fez-me pensar que, um dia, quando estiver no final do 4º ano, também terei de sair.
Então pensei que talvez pudéssemos mudar isso e imaginei que poderíamos ficar até ao 12º ano. Bastava falar com o meu amigo Pedro Paula para ele pedir ao pai para construir mais um andar em cima da nossa escola. Se continuássemos a construir mais andares até poderíamos ter uma universidade. Outros pais também poderiam ajudar…o pai da Nicole, podia fazer as janelas. Lembrei-me de falar com o Leandro para ele pedir à mãe para também dar aulas na universidade. Para além das professoras, as auxiliares podiam ajudar. A Ita sabe explicar tudo muito bem e é muito nossa amiga. A Sandra tem muito jeito para arrancar dentes e também nos podia ensinar! A dona Helena faz muito bem comida e sabe fazer roupa e por isso podia ensinar-nos sobre moda, culinária ou nutrição. Também falaria com a Rebecca para ela pedir ao pai para montar uma pizzaria com esplanada num dos recreios e uma geladaria com gelados de chocolate no outro recreio. Eu adoro gelados de chocolate!!
O professor Vitor podia criar a tuna académica da Universidade da Penina. A Francisca do 1º ano tocava piano e eu tocava o meu trompete. O Martim Fonseca e o José Pedro tocavam guitarra, a Luciana, a Sofia e a Beatriz dançavam, o Manuel, o António e o Nuno ficavam no coro, o Gui, que tem jeito para consolas, podia gravar-nos um CD, a Iara podia desenhar um cartaz enorme da nossa tuna, o Duarte, o Jano e a Matilde tocavam tambores, a Laura era a nossa estrela e voava durante o espectáculo. O Francisco ficava a vender os bilhetes porque é muito simpático.
Se isto não for possível continuarei triste porque não quero deixar de sonhar, nem quero perder os meus amigos ou sequer sair desta escola um dia!
Apesar de ser um sonho, o meu pai disse-me que, se muitas pessoas acreditarem no mesmo sonho, ele pode realizar-se. Eu queria pedir a todos os meninos do Colégio da Penina que acreditem no meu sonho e de certeza que, vamos ficar a crescer, a brincar e a aprender para sempre juntos na grande Universidade da Penina.
Texto: Martim Barradas, 1º Ano
Estava triste porque o ano lectivo estava quase a terminar e apercebi-me que os nossos colegas do 4º ano tinham de ir embora. Isso fez-me pensar que, um dia, quando estiver no final do 4º ano, também terei de sair.
Então pensei que talvez pudéssemos mudar isso e imaginei que poderíamos ficar até ao 12º ano. Bastava falar com o meu amigo Pedro Paula para ele pedir ao pai para construir mais um andar em cima da nossa escola. Se continuássemos a construir mais andares até poderíamos ter uma universidade. Outros pais também poderiam ajudar…o pai da Nicole, podia fazer as janelas. Lembrei-me de falar com o Leandro para ele pedir à mãe para também dar aulas na universidade. Para além das professoras, as auxiliares podiam ajudar. A Ita sabe explicar tudo muito bem e é muito nossa amiga. A Sandra tem muito jeito para arrancar dentes e também nos podia ensinar! A dona Helena faz muito bem comida e sabe fazer roupa e por isso podia ensinar-nos sobre moda, culinária ou nutrição. Também falaria com a Rebecca para ela pedir ao pai para montar uma pizzaria com esplanada num dos recreios e uma geladaria com gelados de chocolate no outro recreio. Eu adoro gelados de chocolate!!
O professor Vitor podia criar a tuna académica da Universidade da Penina. A Francisca do 1º ano tocava piano e eu tocava o meu trompete. O Martim Fonseca e o José Pedro tocavam guitarra, a Luciana, a Sofia e a Beatriz dançavam, o Manuel, o António e o Nuno ficavam no coro, o Gui, que tem jeito para consolas, podia gravar-nos um CD, a Iara podia desenhar um cartaz enorme da nossa tuna, o Duarte, o Jano e a Matilde tocavam tambores, a Laura era a nossa estrela e voava durante o espectáculo. O Francisco ficava a vender os bilhetes porque é muito simpático.
Se isto não for possível continuarei triste porque não quero deixar de sonhar, nem quero perder os meus amigos ou sequer sair desta escola um dia!
Apesar de ser um sonho, o meu pai disse-me que, se muitas pessoas acreditarem no mesmo sonho, ele pode realizar-se. Eu queria pedir a todos os meninos do Colégio da Penina que acreditem no meu sonho e de certeza que, vamos ficar a crescer, a brincar e a aprender para sempre juntos na grande Universidade da Penina.
Texto: Martim Barradas, 1º Ano
Desenho: Catarina, 5 anos
Concordo contigo Martim. Custou-me muito sair do colegio mas se construisemos a grande universidade da penina eu nao teria de me ir embora.
ResponderEliminarEste comentario e para ti e para todos os professores mas especialmente para a professors Telma a grande professora da universidade da penina.
Eu também ja sai do colégio e fiquei muito triste. E ainda continuo muito triste por ter deixado as pessoas que mais adorava e elas apesar de eu nao as ver, continuam e continuarão marcadas para o resto da minha vida dentro do meu coração.
ResponderEliminaré mesmo muito triste...
Tenho saudades de tudo e de todos quem me dera poder voltar tudo atrás... Principalmente de ti professorinha que ainda e mais marcaste acompanhaste-nos até chegar o dia, foste aquela pessoa que nunca irei esquecer, de ti de ninguém que me tenha acompanhado tantos anos...
Sabes Martim, a saída do colégio da Penina também custa muito aos vossos pais. Nós sabemos que aí no Colégio vocês são tratados como reis e rainhas, sabemos que vos dão, durante o dia, o carinho que nós queríamos dar mas não podemos porque estamos a trabalhar, sabemos que vocês estão a aprender o que mais interessa, a serem pessoas com valores, pessoas que respeitam as outras, pessoas felizes...
ResponderEliminarQuando saem do colégio, nós os pais, ficamos com o coração muito pequenino, porque sabemos que vão para uma escola grande, onde tudo é diferente, com muitas crianças diferentes, com muitos professores, com muitas auxiliares de quem vocês nem se lembrarão do nome...
Mas há uma coisa que nos deixa a nós, pais, muito descansados. Sabes o que é Martim? É que vocês levam o Colégio da Penina no coração. Vocês serão capazes de vencer em qualquer escola, em qualquer cidade, em qualquer país, porque o Colégio da Penina fez e sempre vai fazer parte das vossas vidas. Tenho a certeza que todos as crianças que saem do Colégio da Penina dirão sempre com orgulho que foi lá que aprenderam a ler, seja com que professora for, que foi lá que a Sandra arrancou o primeiro dente, que foi lá que a Ita tão bem explicou aquele problema que era tão dificil, que era lá que comiam as melhores comidas do mundo feitas pela D. Helena e que foi lá que aprenderam tantas e tantas musicas com o Prof. Vitor.
É verdade que era bom, nunca terem que sair, mas quando sairem vocês levam um bocadinho do colégio com vocês e o colégio fica com um bocadinho de vocês e assim, vocês serão sempre parte da Grande Universidade da Penina. Beijinhos Martim pelo teu fantástico texto
Maria Merino (que por qualquer razão não consegui entrar com a minha conta)
Que saudades que eu tenho dos meus meninos... Lembro-me, como se fosse hoje, deste texto trazido pelo Martim e que tanto me emocionou.
ResponderEliminarEspero que estejam todos bem, que tenham muito sucesso e que nos venham fazer uma visita sempre que possível.
Boa sorte e um grande beijinho
Professora Andreia